Por: tegUP, aceleradora de startups.
O cashback é a nova onda do varejo on-line.
Popular nos Estados Unidos desse a década de 90 no varejo físico, o cashback tem ganhado força no Brasil com o surgimento de startups focadas neste tipo de serviço. Agora, com o avanço da tecnologia, um mercado mais aberto e com o crescimento do comércio eletrônico, as pessoas estão mais propensas a apostar em ferramentas que oferecem benefícios.
Pelo sistema cashback, a cada compra que o consumidor realiza, um percentual do valor do produto volta para ele. Atualmente, esse percentual varia de 1% a 50% do valor da transação.
Há duas formas de receber benefícios por meio do modelo cashback. Uma delas acontece on-line, quando o usuário compra em sites e aplicativos que o redirecionam para as lojas associadas. Outra opção é fazer compras em lojas físicas, parceiras de uma determinada plataforma, e solicitar o benefício do cashback no local.
Recentemente, a startup de investimentos e finanças pessoais nova-iorquina Stash Financial lançou um cartão de débito que dá cashback em ações de gigantes como a Amazon e Netflix. Funciona da seguinte forma: cada vez que você comprar na Amazon, pagar a conta da Netflix ou fizer mercado na Kroger utilizando o cartão da Stash, em vez de receber dinheiro de volta, você ganhará frações de ações da empresa.
A Méliuz, startup brasileira de Belo Horizonte, criada em 2011, já devolveu R$ 94 milhões aos consumidores em mais de 1.600 lojas físicas e on–line parceiras.
Já a brasileira Bitback apresentou sua solução por meio da qual uma parte do valor gasto em lojas on–line é reembolsado em Bitcoins. Cada vez que o usuário realiza uma compra em um dos e-commerces parceiros, ele recebe de volta uma porcentagem em Bitcoin. Tudo acontece de forma automática, sem a necessidade de cadastro ou solicitação. A iniciativa é pioneira no Brasil.
Podemos dizer que o cashback é o futuro dos programas de fidelidade.
Segundo um estudo realizado pelo Sebrae, 53% dos entrevistados revelou participar de algum programa de fidelidade. Destes, 29% dizem que aderem ao programa na própria loja e 42% aderem ao acessar as lojas virtuais.
Com a queda do consumo, os programas de fidelidade tradicionais tornaram-se arma para garantir a compra, e não só a retenção.
Os programas baseados em pontos ou milhas podem ser pouco tangíveis, pois limitam o consumidor, uma vez que a troca só pode ser realizada em determinadas lojas ou produtos e serviços. Para um programa de recompensas funcionar, é preciso entender e abranger os objetos de interesse dos clientes. Se na hora de utilizar o benefício ele não encontrar nada que o interesse, o propósito da ação perde o sentido.
O cashback começa a ganhar força entre produtos financeiros. A expectativa é de que o uso se expanda e alcance volumes significativos de clientes e parceiros até 2022.
Em uma época que a experiência do cliente não é mais um diferencial, mas sim o objetivo final de toda jornada de compra, o cashback é uma poderosa arma de fidelização pois, além de dar mais visibilidade aos e-commerces e lojas físicas, tende a aumentar o nível de satisfação dos consumidores, dobrando as chances de voltarem a comprar no mesmo lugar.
Sobre o Autor
A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.